Isquizofonia = Diversidade = Diversão!

O que nos faz diferentes é o que, por fim, nos faz igual.

Com mais este passo dado em direção à incerteza do que é sair em defesa de algo (a ideia de independência artística), estamos dando a cara a tapa.

Disponibilizaremos algumas de nossas mais incoerentes falas, através de nossas vozes esquisitas, para por um ponto final na ditadura do "bom mocismo", do politicamente conforme.

O jogo social, "não me ofenda que eu não te ofendo" não é praticado aqui.

Isquizofonia é um projeto coletivo cujo propósito não é representar interesses pessoais.

"Se não for para dar voz ao interesse coletivo, é melhor não ser!"

Faça você mesmo

Cara, quantas vezes você não deve ter ouvido esse termo? "Faça você mesmo", putz, já parou pra pensar nessa proposta? é tão simples, quer dizer "não dependa", "não espere", "não definhe". Vivemos numa apatia absoluta por parte do poder público, eles não investem em cultura, sabe por que? por que eles não têm cultura, são verdadeiras bestas, só enxergam o que está no alcance dos olhos, ou dos bolsos, como cultura não gera sifras, então não tem investimento. Isso sem falar nos mais espertos, que não investem em cultura por saber do risco que correm, caso as pessoas passem a ler mais, a se informar mais, a pesquisar mais, é arriscado, vai que descobrem que não precisam deles? Aliás não precisamos mesmo, daí a legitimidade do "faça você mesmo". Isso sem falar da industria "cultural" que só nos fornece lixo, sem comentários...
Qualquer ação feita de forma honesta, visando a melhoria do lugar em que se vive é válida, seja em qual âmbito for, não interessa o segmento de arte a que se dirija.
Não espere, não dependa, não definhe!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que somos sem ser:


            Segundo o dicionário Aurélio, música é: s.f. Arte de combinar os sons./ Realização prática dessa arte. Segundo o mesmo dicionário, rock é: s. m. Batida e ritmos fortes, geralmente com guitarras elétricas e bateria.
            Segundo o Selo Sem Sê-lo, música é: s.f. uma forma de arte que se expressa através de sons, que só se completa com audição. Segundo o mesmo selo, rock é: s.m. um estilo musical que diferencia dos demais por estar fundamentado nas múltiplas formas de contestação, sendo capaz de promover, naturalmente, a coletividade.
            Depois de quatro anos no olho do furacão, resolvemos abrir o dicionário pra ver se nossas definições do que é música/rock estavam certas. E pra nossa surpresa e alegria nossas definições não são compatíveis com a oficial, ou seja, somos rock. Entretanto, para nossa tristeza, percebemos (sacamos) que a versão oficial vem se “oficializando”, mais ou menos, de um ano pra cá no nosso cenário.
A coisa está estagnada, sim, não avança nem retroage, não caga e não sai da moita. O que era pra ser uma proposta, não foi sequer levado em consideração, não houve ao menos contestação (não pessoalmente). Os eventos do Selo se tornaram um fim em si mesmo, não houve continuidade, não houve expansão. Os eventos se tornaram uma prática de pequenos interesses, onde nós, Selo, nos tornamos meros intermediários dessa prática.
E isso nos decepciona terrivelmente, porque estamos indo contra nosso próprio nome, a questão é não ser agenciador de nada, a questão é não arcar com a coisa toda, era pra sermos apenas um elo de convergência entre indivíduos que, supostamente, elegeram o rock como forma de expressão, seja como público, coletivo ou músico. A partir daí a coisa deveria fluir naturalmente, o Selo já deveria ter sido extinto, acreditávamos que em quase meia década os “envolvidos” já deveriam ter tomado as rédeas da situação.
Resumindo, estamos mastigando borracha.
Não somos uma agência, não somos produtores, não somos o Campus 6 e não somos comerciantes. Há quem diga que nosso trabalho é pequeno e até irresponsável em certo ponto (não fazemos divulgação adequada, não pagamos cachê, nossa aparelhagem é furreca etc.). Mas peralá! Alguém já parou pra pensar que não ganhamos um puto com o que fazemos? Alguém já avaliou que se fazemos isso é porque queremos ver a coisa acontecer, porque Mogi não tem porra nenhuma? Alguém já refletiu que estamos dando a cara a tapa? E quem somos nós? Não somos banda, não somos donos do Campus 6 (ainda que muitos otários daqui pensam que ganhamos alguma coisa). Aliás, o espaço aberto é um quebra-galho (pra nós), o bar nunca dependeu dos eventos do Selo.
            Sempre tivemos uma noção definida da coisa, e dentro dessa noção se inclui a aversão à estagnação que está no ar de Mogi, esse ranço da acomodação e do “deixa que eu deixo”,  do “vai indo que eu não vou” ou “eu não faço porque ninguém faz”. Como contestadores que somos, percebemos que é hora de migrar pra outras formas de expressão. Pra isso já demos um pontapé com o Contracine e vem aí um projeto editorial, uma rádio e algumas produções audiovisuais.
            Durante o tempo em que estivemos em atividade fizemos um sem número de amigos, e foi nossa maior conquista (honestamente falando), vários foram os indivíduos e bandas que abraçaram a ideia, e é por eles que sentimos por essa pausa que iremos dar.
            Nossa formação musical reflete muito no que somos e o que somos reflete na nossa referência do que é música. Damos esse “até logo” ao som de uma parte musical que nos constitui, uma música para além da mera execução:

 http://www.youtube.com/watch?v=WgfnSn8A3lE

“Keeping our minds open
Cor we know were future bound
Together we must recognise the signs of our times
Together we must learn to read between the lines
Make your own programme
No bother become digital captive
You need some audio
So you must be active
Get into collective mode
Spirits become positive
You live de life you love
An you love the life you give
No-one is an island whether you like it or not
All inna di same boat which is about to be rocked
Warning light flashing synchronised like strobe
Cant do it alone you need to get into de collective mode

Do you spend too much time living inside your head
Worry too much about what the other man said
Need to pay heed to dis sonic reflection
Turn dis disconnection into interconnection
And get into de collective mode”
                                    Asian Dub Foudation

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sentindo o sentido

Vamos à resenha do show desse sábado que passou. Seria redundante e trivial, dizer que as bandas foram (são) sensacionais, originais, cativantes, criativas e blá-blá-blá. Então faremos diferente, vamos falar de rock. Sim, é uma coisa extra-sensorial esse tal de roquenroll, mas acredito que o sentido tem duas direções. Uma é o óbvio, as grandes bandas, os grandes shows, produções milionárias grandes mídias, badalação e principalmente mentira, muita mentira. E nesse sentido eu (elmo) me distancio cada vez mais, e tudo porque tenho a oportunidade de conhecer o outro sentido. As bandas pequenas, os shows pequenos, onde você ouve a banda do jeito que ela é, você esbarra nos caras, você interpela, pede um som, critica, opina, elogia. Você tem, a distinta possibilidade de olhar no olho do cara e dizer pra ele que curte o som dele, que viu em tal lugar, que está vendo pela primeira vez. É um processo que envolve tão somente a relação humana, não há lucro envolvido, não há interesses "maiores". E acredite, dá certo e é bom pra todo mundo que experimenta, porque envolve sinceridade, porque ninguém está ali por obrigação, ninguém é tiete, ninguém está ali porque a mtv mandou ou porque saiu na revista dos astros, não há propaganda, não há maquiagem, é o que é pronto, não há a sensação de estar sendo enganado. Você encontra pessoas que querem se divertir, enontrar amigos, fazer amigos, tocar suas músicas, enfim, tudo que faz com o rock permaneça vivo. Afinal de contas ele nasceu contestador e esse processo é a mais pura contestação do que é imposto, da lógica estúpida e superficial que o mercado impõe. Um mega palco, mega bandas, preços absurdos, músicos dopados, playbacks, músicos de apoio tocando escondido no fundo do palco, super equipamentos que fazem de super cuzões super músicos e por aí vai.
Só tenho a agradecer (e olha que legal) a todo mundo, quem cola nos sons, quem toca e quem dá uma força, depois de shows como o desse sábado, fico sempre com a sensação de fazer a coisa certa, afinal, se algo desse errado, ainda assim estaria certo, pois foi feito de forma sincera e sem inteção de lucro.
Vamo que vamo que dia 11 de setembro (dia da poesia) vai ter Seamus e Conte-me no Campus 6 (Rá!).

fotos do show no flickr da minha irmãzinha Giovana:  http://www.flickr.com/photos/miss_jeejee/

Banda Conte-me uma Mentira

Banda Conte-me uma Mentira
"A viagem do pássaro"

A Viagem do Pássaro

Primeiro CD dos meninos que viraram boneco de pau. E não podia ser diferente, é uma paulada na molera! Jel, Caio, Tiago e Pablito mandam treze sons, sendo três bônos de lambuja, com um puta punch, um rockão shujo (como eles dizem) com uma pegada 70/90, mas atualíssimo.
Somente esses caras de pau pra botarem um selo do Selo na capinha (que por sinal é um primor!). Satisfação garantida ou pau no seu cú (como diria o Jel).

Pirate Bay

"The Pirate Bay (TPB) é o auto intitulado "O maior tracker BitTorrent do mundo", sendo também o índice para os arquivos .torrent que rastreia. Um arquivo .torrent, em conjunto com um cliente BitTorrent, proporciona ao internauta as informações necessárias para se copiar um arquivo ou conjunto de arquivos de outras pessoas que estão copiando ou compartilhando o mesmo arquivo. Devido a capacidade do protocolo BitTorrent de gerenciar grandes arquivos, é uma escolha popular para compartilhar grandes arquivos de multimédia (muitas vezes ilegalmente na maioria dos países de onde se conectam os seus usuários), assim como CDs de distribuições Linux." fonte: Wikipedia

É mais ou menos assim, você busca no Piratebay.org o que você quer, dai baixa o .torret, você tendo o programa .Torrent você abre o link pelo programa e pronto, baixa rápido e bunito. A ideia não é burlar direitos autorais, é só dividir conteúdo. Gente, a industria do entretenimento já ganhou muito dinheiro, chega né?

The Pirate Bay foi criado pela organização anticopyright sueca Piratbyrån no começo de 2004, mas desde Outubro de 2004 se tornou uma organização independente.

acesse http://www.piratebay.org e busque tudo que você puder pra baixar de graça (antes que tirem do ar).